Ivan Moraes analisa requerimento sobre segurança nas escolas
"Também há um fortalecimento no Brasil e no mundo de uma extrema direita que se organiza especialmente por meio da misoginia. Então há, na nossa sociedade, essa ideia equivocada de uma superioridade masculina ou do patriarcado dos homens brancos que precisa ser enfrentada. Porque se a gente não enfrenta isso, não vai adiantar fazer absolutamente nada. Não adianta armar vigia, merendeira, faxineira e professor. Quanto mais arma, mais violência”, ressaltou.
Ivan Moraes destacou que pode acontecer um aumento do medo e que o objetivo do terrorismo é fazer com que muitas pessoas tenham medo. “Então é preciso que, primeiramente, os pais e as mães mantenham seus filhos na escola. Nós precisamos garantir que a escola seja um espaço seguro para os nossos filhos e filhas. Independentemente de sua raça e gênero, também é preciso que a gente compreenda as raízes dessa violência. O que os nossos adolescentes estão assistindo na internet? É raríssimo a pessoa que ataca não ter acesso a conteúdos de extrema direita, é raríssimo a pessoa que ataca não participar de grupos na internet, seja nas redes sociais abertas ou na dark web em que conteúdos homofóbicos, racistas e misóginos são tidos como naturais”.
No aparte, o vereador Luiz Eustáquio (PSB), ressaltou que todos estão diante de um desafio e alertou para a questão das redes sociais. “A gente sabe que as redes sociais propiciam a possibilidade de que grupos se fortaleçam pelo mal, pela mensagem de destruição, e muita gente está sendo alimentada por isso. Existe, sim, uma extrema direita, mas eu digo que esse é assunto maior e está se espalhando. Eu sei que nós precisamos encontrar uma solução e considero importante a audiência pública que a vereadora Liana Cirne (PT) está trazendo. Que os vereadores e as vereadoras, não só nessa Casa, mas também em outras, possam se debruçar com representantes da sociedade para cuidar das nossas crianças”.
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Em 11.04.2023