Pretas Juntas exalta conscientização do autismo e mês da mulher
A partir do questionamento: “Quem cuida de quem cuida?”, a vereadora Pretas Juntas chamou atenção para as dificuldades que as mães de crianças autistas passam diariamente. “É difícil conseguir vaga em escola, um cuidador dentro e fora de sala de aula. Dificuldade de ter profissionais preparados para que a mãe possa fazer as suas coisas, se cuidar. Deixo essa provocação aqui para que possamos ter essa atenção com essas famílias e mães. O nível de suicídio é muito grande para essas famílias”, informou.
A parlamentar comentou sobre um vídeo que circulou na internet nos últimos dias de uma adolescente autista sofrendo bullying na escola. O caso foi gravado e divulgado nas redes sociais. “A menina começou a chorar sozinha depois de ter sofrido a violência e a diretora da escola disse em sala de aula que não é para ‘colocar o celular para gravar e que seja postado’ quando isso for feito. Ela foi conivente com isso. Que possamos ter esse olhar de atenção para essas crianças e famílias que vivem e convivem com autismo”, pediu.
Mês da mulher - Um outro assunto abordado pela vereadora foi a conclusão do mês de março, mais conhecido como Mês da Mulher, que enfatiza a luta das mulheres pelo fim da violência, feminicídio e transfeminicídio. A parlamentar informou que o mandato esteve presente no ato de 8 de março, “onde as mulheres pedem o fim da violência”.
Pretas Juntas também repudiou o caso de importunação sexual sofrido por três mulheres na semana passada num evento do curso de filosofia realizado pela Universidade Federal de Pernambuco. “Duas das mulheres sofreram importunação enquanto estavam conversando, e uma outra enquanto amamentava. De acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2022, a violência contra a mulher aumentou em todos os níveis. Dados mostram que a violência sexual cresceu de 4,2% e 75,5% das vítimas estavam em situação de vulnerabilidade ou incapaz de consentir”, informou.
A parlamentar destacou que as mulheres negras são maioria quando se fala em feminicídio, representando 62% das vítimas letais, segundo Pretas Juntas. “O que aconteceu dentro da universidade pública infelizmente não é exceção, é regra. Cada vez mais mulheres estão se sentindo inseguras, independente da idade. As nossas crianças estão cada vez mais em perigo, principalmente as crianças atípicas”, afirmou, ao reforçar o compromisso com as mulheres, “principalmente as mulheres negras e periféricas”.
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Em 03.04.2023