Pretas Juntas relaciona violência nas escolas aos impactos da pandemia e das redes sociais

A vereadora Pretas Juntas (PSOL) subiu à tribuna da Câmara do Recife nesta terça-feira (11) para comentar os casos recentes de violência em unidades de ensino que ocorreram no país. No discurso, a parlamentar mencionou que as escolas do Recife passam por um período de medo e mencionou a pandemia de covid-19 e o abuso de redes sociais como fatores ligados aos ataques.

Ao plenário, Pretas Juntas recuperou o debate sobre a importância do atendimento psicológico em escolas que ocorreu durante a reunião plenária da última segunda-feira (10). De acordo com ela, a violência já chegou ao Recife – uma escola localizada no bairro Engenho do Meio estaria de portas fechadas após uma invasão. “Ontem, nesta plenária debatemos sobre a temática segurança nas escolas, a vereadora Ana Lúcia (Republicanos) de forma impecável trouxe a sua experiência com a gestão escolar e a necessidade da aplicação da Lei Federal nº 13.935 de 2019, que garante a contratação de psicólogos e assistente social nas redes de escolas públicas”, frisou. “O que tem acontecido agora em Recife, com várias escolas fechadas por conta de ameaças, é um reflexo do adoecimento das nossas crianças e adolescentes”.

Para a vereadora, é preciso investigar os impactos que a pandemia de covid-19 e o uso de redes sociais deixaram na saúde mental de crianças e adolescentes. “Ainda não sabemos quais os reflexos e problemas que o isolamento social, o aumento do acesso às redes sociais sem controle tem nos afetado. Ao que parece, uma série de fatores tem incentivado essas crianças a tomarem esse tipo de atitude”.

Ataque a entregador no RJ – Outro assunto abordado por Pretas Juntas durante a reunião plenária foi o registro de um ataque promovido por uma mulher a um entregador em São Conrado, no Rio de Janeiro (RJ). Em seu pronunciamento, a parlamentar classificou o caso como uma agressão racista. “Uma mulher branca o encontrou na rua e, vendo uma moto em cima da calçada, achou que era dele. E não era. Não encontrou o dono e o agrediu. Bateu nele em plena luz do dia e inclusive tirou a corrente do cachorro dela para bater nele”, relatou. “A escravidão já acabou. E até quando a gente preta vai passar por isso, por essas violências?”

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Em 11.04.2023