Tadeu Calheiros elogia PCR no apoio a pessoas com autismo e faz crítica em relação à greve de enfermeiros

O vereador Tadeu Calheiros (Podemos) abordou dois assuntos na reunião plenária realizada pela Câmara Municipal do Recife, na manhã desta segunda-feira (3): um deles foram as ações que estão sendo tomadas para melhorar o atendimento de pessoas com o espectro autista na rede municipal de saúde do Recife. O segundo, o pagamento de salários dos enfermeiros e técnicos em enfermagem. “Vim a esta tribuna para fazer um elogio e uma crítica sobre dois assuntos específicos. Essa independência de atuação me deixa feliz”, afirmou.

No primeiro tema abordado, Tadeu Calheiros disse que esteve, juntamente com o vereador Eriberto Rafael (PP), numa reunião com a secretária municipal de Saúde, Luciana Albuquerque. A reunião, realizada no gabinete da Secretária, ocorreu, segundo relatou, no início da manhã desta segunda-feira e contou com a participação de mães de crianças que têm autismo. “Agradeço inicialmente a Eriberto Rafael, que me convidou para a reunião, depois de um discurso que fiz nesta tribuna sobre o autismo. Faço um registro que o vereador Marco Aurélio Filho (PRTB) também tem se envolvido com essa pauta”.

Tadeu Calheiros disse que o autismo é um tema de interesse suprapartidário. “Ouvimos as mães, durante a reunião com a secretária. Saímos do encontro com promessas de soluções de curto, médio e longo prazos. Foram tomadas decisões para ampliação dos serviços na Policlínica Lessa de Andrade, que vai dobrar a capacidade de atendimentos a pessoas com necessidades de assistência”. O vereador disse que a Secretária também prometeu realizar parcerias com outras entidades que oferecem atendimento a pessoas com autismo, e que há possibilidade de abertura de um centro específico de desenvolvimento infantil para crianças com autismo.

“Mas, da mesma forma que ressalto a sensibilidade da Prefeitura nessa questão, não vejo o mesmo no outro tema que abordo, que é o pagamento do piso de enfermeiros e técnicos em enfermagem”, disse. Ele lembrou que as duas categorias estiveram em greve durante 11 dias e que o movimento, que reivindica o pagamento do piso salarial, foi suspenso no dia 23, por determinação judicial. “Durante o período da paralisação, os serviços foram mantidos em quantitativos mínimos, para não prejudicar a população”.

Com o retorno aos trabalhos, enfermeiros e técnicos agora estão enfrentando problemas com o pagamento dos salários. “Os profissionais tiveram os dias parados descontados. E não houve um desconto uniforme. É como se fosse uma retaliação a quem fez greve. Tenho em minhas mãos cópias de contracheque de gente que recebeu um pouco mais de R$ 990 de salário, no final do mês. E outros que receberam R$ 230  reais. Precisamos discutir esse assunto”, alertou.

O vereador Rinaldo Junior (PSB) pediu aparte e disse que estava “do mesmo lado” que Tadeu Calheiros na questão dos enfermeiros e técnicos em enfermagem. “É inegável que as duas categorias merecem esse piso. Mas existe um impedimento jurídico, pois o STF suspendeu o pagamento do piso. É um absurdo”. Em relação aos descontos nos contracheques, pelos dias parados, Rinaldo Junior anunciou que haverá uma reunião da bancada de governo, presidentes dos sindicatos e representantes das secretarias de Governo e Saúde, para rever a situação. “A mesa de negociação permanece aberta enquanto esperamos os projetos de lei para valorizar os técnicos e enfermeiros”.

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Em 03.04.2023.