Ivan Moraes chama atenção para dados sobre natalidade e mortalidade materna no Recife

O Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna e o Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher, celebrados anualmente no dia 28 de maio, ontem, foi tema de destaque do vereador Ivan Moraes (PSOL), na Câmara do Recife. Durante a reunião plenária realizada nesta segunda-feira (29), ele chamou atenção para a importância da intensificação do atendimento de pré-natal às mães e a ampliação do acesso à informação sobre a gravidez de crianças e adolescentes.

O vereador Ivan Moraes apresentou dados do boletim sobre a natalidade e mortalidade materna do Recife que, segundo ele, foram divulgados na semana passada. “Menos mulheres deram à luz no Recife no ano passado. Saímos de pouco mais de 17 mil para cerca de 14 mil mulheres. Também há uma redução na quantidade de mulheres que deram à luz a crianças vivas, isso indica que é preciso que nos preocupemos com a realização do pré-natal das futuras mães pois houve uma diminuição na realização do acompanhamento”, disse.

Segundo o parlamentar, uma outra “lacuna” identificada no boletim é que não há especificação de raça e cor. “Sabemos que a mortalidade materna foi de 57 por 100 mil nascidos vivos, mas não sabemos quantas dessas mulheres que faleceram são negras. A suspeita dos movimentos feministas é de que a maior parte ou grande parte das mulheres são pardas, negras, pobres, da nossa periferia, a quem normalmente falta muito cuidado”, pontuou. 

Outra especificação que ele chamou a atenção foi que não consta no boletim a idade das mulheres que foram mães. “Pouco mais de 10% das mulheres que vieram a ser mães são adolescentes, mas o boletim não especifica que idade tem essas adolescentes. E é importante que a gente saiba a quantidade de meninas até 14 anos que foram mães porque elas têm o direito ao aborto seguro, que é permitido no Brasil em alguns casos e, muitas vezes esse risco é atestado em casos de gravidez em crianças”, afirmou. 

Para Ivan Moraes, é importante o reconhecimento dos avanços nos dados divulgados sobre a natalidade e mortalidade materna do Recife. “Mas também é fundamental reconhecer a importância de se intensificar o atendimento pré-natal, a informação às crianças e adolescentes para que não engravidem sem querer e, em caso de gravidez, possam ter o atendimento ao aborto seguro, que é direito da mulher especificado em lei. O Recife se tornou uma cidade em que a justiça tem sido acolhida nos casos em que mulheres não querem ser mães e a encaminham ao aparelho de saúde para que tenham a vida preservada”, ressaltou. 

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Em 29.05.2023