Michele Collins reitera pedido de informação sobre cachês do Carnaval

A falta de respostas a um pedido de informação enviado pela Câmara Municipal à Secretaria de Cultura do Recife em março deste ano foi o tema de um discurso proferido pela vereadora Michele Collins (PP) na tribuna da Casa nesta terça-feira (2). De acordo com a parlamentar, que é a autora do ofício, o documento solicita informações sobre o edital do Carnaval de 2023, com a relação dos artistas e grupos contratados e seus respectivos cachês, bem como um cronograma para o desembolso dos valores de cada apresentação artística. No pronunciamento, Collins lembrou que a Secretaria já extrapolou o prazo de resposta ao pedido, que é de 30 dias.

Segundo Michele Collins, essa não é a primeira vez que a Prefeitura teria ignorado pedidos de informação de sua autoria – no ano passado, um ofício enviado à Secretaria de Saúde do Recife também ficou sem respostas. “Eu trago esse tema à tribuna desta Casa porque não é a primeira vez que eu faço um pedido de informação à Prefeitura da Cidade do Recife e não sou atendida. E eu acho que a Casa de José Mariano precisa ser respeitada. Estamos aqui para fazer o nosso trabalho e representar a população recifense. Nós precisamos de dados e informações que não são encontrados no portal da transparência e nós precisamos de respostas”.

A vereadora salientou que o não atendimento a pedidos de informação configura infração político-administrativa e afirmou que a sua preocupação com os cachês levam em conta notícias sobre os altos valores que teriam sido desembolsados para pagar artistas. “A gente já está chegando no São João e temos que ver como foi feito no Carnaval, para que no São João não aconteçam algumas coisas, a exemplo de um cantor que chegou aqui no Recife e levou R$ 630 mil”.

Líder do governo na Câmara, o vereador Samuel Salazar (MDB) disse que vai diligenciar junto à gestão para obter respostas sobre o pedido de informação, mas adiantou que os valores mencionados por Collins não foram pagos pelos cofres públicos. “Os artistas que tiveram algum cachê pago nessa monta foram pagos diretamente pelo patrocinador, que, ao patrocinar o Carnaval do Recife, fez algumas exigências em relação aos artistas que queria que participasse do Carnaval do Recife”, explicou. “Dos artistas pagos pela Fundação de Cultura do Recife, 90% são artistas locais, é importante fazer essa ressalva. E destacar, também, que o cachê mais caro pela Fundação de Cultura neste Carnaval foi o da cantora Daniela Mercury, em torno dos R$ 100 mil, muito longe dos R$ 630 mil citados por Vossa Excelência”.

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Em 02.05.2023