Pretas Juntas cobra ações voltadas para a empregabilidade de mulheres negras
Na ocasião, Pretas Juntas não deixou de refletir sobre a situação das pessoas em condições de baixa renda no Recife – de acordo com dados citados por ela, cerca de 40% dos habitantes do município sobrevivem com menos de um salário mínimo ao mês. “São, em média, 492 mil pessoas que vivem em vulnerabilidade e que não tiveram o direito de comemorar o Dia das Trabalhadoras e dos Trabalhadores com dignidade”, afirmou. “Hoje, subimos a esta tribuna para alertar a Casa de José Mariano sobre o que vem acontecendo com essas 492 mil pessoas que precisam de um suporte para complementar a renda das suas famílias. Viemos registrar nesta Casa que é a essas pessoas que devemos voltar a nossa atenção quando falamos em trabalho e que é para essas pessoas que devemos construir proposições”.
Mencionando dados levantados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), a parlamentar disse que a situação é ainda mais grave para a população negra, principalmente para as mulheres. “Em uma perspectiva nacional, entre as famílias chefiadas por mulheres negras, 43,9% dessas mulheres estavam fora do mercado de trabalho. Se afunilarmos para a população trans e travesti, o que era ruim piora”, indicou. “Não temos ações municipais visando a inserção dessa população no mercado de trabalho. Por quanto tempo essa ainda será a nossa realidade? É de urgência a promoção de ações que visam a modificar esse contexto cruel”.
Outro ponto destacado por Pretas Juntas em seu discurso foram as emendas do seu mandato ao projeto de lei do Executivo nº 12/2023, que institui os cargos efetivos do Grupo Ocupacional de Promoção dos Direitos das Mulheres do município. “As nossas emendas visam a garantir a destinação de um percentual de vagas para profissionais mulheres negras, indígenas e trans, no intuito de garantir que o corpo técnico seja formado por profissionais com competência e formação necessária, mas para que também se possibilite a entrada de mulheres que, por amarras estruturais, estão em maior vulnerabilidade no Brasil”.
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Em 02.05.2023