Tadeu Calheiros sugere grupo de trabalho para visitar maternidades do Recife
De acordo com informações da Barros Lima, Raquel Pedro da Silva faleceu em decorrência de um traumatismo craniano após cair no banheiro da unidade. A gestante teria encontrado dificuldades para realizar o parto normal indicado pela equipe da unidade de saúde – apenas após o acidente foi feita uma cesariana, enquanto a mulher ainda se encontrava viva. Apesar de ter sobrevivido ao procedimento, a criança recém-nascida faleceu em seguida, na quinta-feira (11).
Em seu pronunciamento, Calheiros afirmou que o grupo vai atuar com um “olhar crítico”. “Se tiver profissional exercendo mal, a gente vai cobrar que seja corrigido. Mas vamos cobrar, também, as políticas que precisam ser feitas, o número adequado de profissionais, o número adequado de leitos, que tenha os insumos adequados. Porque falta papel para imprimir prescrição nos hospitais do Recife. Falta luva, falta tudo. Mas a gente joga tudo na conta do profissional”.
Para o presidente da Comissão de Saúde, os profissionais da área também sofrem com as violências a que gestantes são submetidas. “A gente tem que diferenciar negligência médica de violência obstétrica. A violência obstétrica existe, não estou negando. Mas sofrem com ela os usuários e os profissionais. O maior índice de burnout está entre os profissionais de saúde. As maiores taxas de suicídio estão entre os profissionais de saúde, que estão ali querendo fazer e não podem”.
O vereador também comentou sobre as dificuldades que Raquel da Silva passou antes do acidente. No discurso, ele também anunciou que vai elaborar um projeto para garantir a atuação de médicos anestesistas nos serviços de parto da rede pública de saúde municipal. De acordo com Calheiros, apenas o Hospital da Mulher oferece, em número reduzido, esse serviço.
“Sentir dor no parto, a maioria das mulheres sente. Porque não tem analgesia de parto em nenhum hospital da rede pública do Recife. No serviço privado não sofre. O parto tem dor, o trabalho de parto é doloroso. Mas hoje existe analgesia de parto, que é feita nos hospitais privados, mas não é feita no público”, apontou.
Clique aqui e assista no TV Câmara do Recife.
Em 15.05.2023