Ana Lúcia pede que Governo do Estado reveja decisão sobre classes hospitalares na Restauração

A vereadora Ana Lúcia (Republicanos) subiu à tribuna da Câmara do Recife nesta terça-feira (6), durante a reunião plenária, para reforçar um apelo contido no requerimento 6362/2023, de sua autoria, que foi aprovado pela Casa na última segunda-feira (5). Na matéria, a parlamentar pede ao Governo de Pernambuco que sejam implantadas classes hospitalares no Hospital da Restauração. De acordo com ela, a medida teria sido negada pela gestão.

“Os pacientes que têm atendimento contínuo, pacientes de doenças crônicas, precisam ter esse atendimento de educação dentro dos hospitais”, argumentou Ana Lúcia, que é presidente da Comissão de Educação, Cultura, Turismo e Esportes da Câmara do Recife. A iniciativa afetaria, principalmente, crianças em idade escolar. “Na perspectiva de um diagnóstico de câncer, ou de outro atendimento contínuo, ela fica ali completamente desassistida do seu direito à educação”.

Segundo a vereadora, as classes hospitalares são uma iniciativa bem sucedida já implementadas por organizações como o Grupo de Assistência à Criança com Câncer (GACC) e funcionam a partir de parcerias com a instituição de ensino a que o paciente é vinculado. Ana Lúcia frisou que profissionais de saúde relatam que, além de garantir um direito, a medida implica na melhoria de quadros clínicos. “Os médicos dizem que o tratamento evolui ao ponto de nascer na criança a esperança da cura”.

Upinhas e urgências 24h – No mesmo discurso, Ana Lúcia respondeu a comentários feitos pelo vereador Ronaldo Lopes (PSC) a respeito da reorganização de plantões de urgência feita pela Prefeitura. O parlamentar criticou o fechamento do serviço de urgência nas Upinhas da capital.

Na ocasião, a vereadora informou que, no modelo de serviço de urgência a partir das Upinhas, os pacientes precisavam aguardar nas unidades uma transferência para outro local onde pudessem ser atendidos de acordo com a especialidade, o que será sanado com a transferência de profissionais para locais onde essas especialidades já são ofertadas.

“O atendimento foi encerrado porque foi realocado para um equipamento onde tem as especialidades e o paciente tem condições de evoluir. Reparem bem o que é entrar na Upinha, entrar em uma urgência, e ficar lá esperando, aguardando uma transferência”, afirmou. “A gente precisa trabalhar com lógica e pensando nas vidas. Se você não evolui esse paciente e tem que transferi-lo no decorrer da noite, está só fazendo o acolhimento”.

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Em 06.06.2023