Liana Cirne debate requerimento sobre comissão para tratar da violência no futebol
Liana Cirne lembrou que foi uma das participantes da audiência pública promovida pro Rinaldo Junior, na semana passada, para debater a questão da violência nos estádios. “Foi uma audiência que contou com a presença não só de diversos parlamentares, como também de representantes da Polícia Militar, da Justiça, do Ministério Público e sobretudo nas torcidas organizadas dos três principais times do Estado”. Ela acrescentou que, na condição de mãe e torcedora, deseja ver o fim da violência nos estádios.
“Como mãe, nunca conseguirei esquecer o sofrimento de mães como a de Lucas Lira, que foi vítima de violência. É impensável entender como pessoas combinam, através das redes sociais, para agredir outras, muitas vezes até a morte, só porque torcem por times diferentes. Isso é como se estivéssemos numa pré-história. Os agressores do Lucas e de todas a vítimas não podem ser chamados de torcedores”.
Lucas Lira tinha 19 anos quando foi a um jogo de futebol no Recife em fevereiro de 2013 e, na saída, sofreu uma tentativa de assassinato. Ele foi baleado e o autor do crime foi condenado, mas a defesa conseguiu que o réu confesso seguisse em liberdade. “Faço apelo para que não usemos o termo torcedor quando estivermos nos referindo a bandidos. Não podemos tratar um homicida, um assassino, um agressor, como torcedor. Torcedores somos nós. Repito o que disse na audiência: essas violências nos estádios são marcadas pelas redes sociais”.
De acordo com Liana Cirne, as pessoas que combinam pelas redes sociais para cometer crimes nos estádios, podem ser presas com antecedência, a partir de um serviço de inteligência das polícias. “Afinal, essas pessoas combinam as agressões pelo Facebook”. As prisões, de acordo com a vereadora, podem ser feitas através de medidas cautelares, com pedido de prisão preventiva de crime vindouro.
A vereadora, no entanto, faz um alerta para que não se confunda os criminosos com integrantes de torcidas organizadas. Segundo ela, não se pode criminalizar as torcidas organizadas somente por elas estarem nos estádios. “Não se pode achar que um torcedor, só porque está com uma camiseta é um criminoso. No entanto, é possível identificar quem está se organizando para se encontrar e agredir alguém que lhes pareça conveniente”.
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Em 27.06.2023.