Luiz Eustáquio repudia o movimento antiproibicionista
Para o vereador, as famílias brasileiras é que “estão perdendo essa luta”. Os defensores do movimento antiproibicionista, segundo ele, não enxergam “a complexidade do que está em jogo”. E acrescentou: “Estamos falando de pais que perdem a luta contra as drogas, pois os filhos ficam expostos. Os que defendem a liberação das drogas olham apenas para uma foto, para estatísticas, enquanto que nós olhamos para toda a sociedade. As drogas são proibidas porque elas fazem mal à saúde e às pessoas. Repudiamos qualquer movimento em favor da liberação de uso das drogas”.
Luiz Eustáquio acrescentou que o movimento antiproibicionista é internacional, mas que conta com apoio de “várias instituições nacionais”. Em sua opinião, se o porte de drogas for liberado, os índices de violência não vão diminuir. “Pelo contrário. As drogas tiram a vida pela overdose e também aumenta a violência”.
O vereador observou que as pessoas que defendem o uso de drogas sempre citam o Uruguai como exemplo de país que fez a liberação. “É um país que tem população duas vezes menor do que a de Pernambuco. Esse é o grande trunfo que tem para apresentar. Mas, no Uruguai, a maconha foi descriminalizada e a violência aumentou. O tráfico reagiu porque passou a ter a concorrência do Estado. Aumentaram não somente o número de usuários, como também os da violência. Muito mais pessoas morreram por conta do uso das drogas”.
O parlamentar acha que há um interesse do megainvestidor Georges Soros, na liberação das drogas, e disse que ele vem financiando instituições que defendem a descriminalização. “O empresário já aportou R$ 116 milhões nesse sentido. Por que uma megainvestidor faz isso? Por que tem interesse financeiro. É nesse sentido que falo”. Luiz Eustáquio alertou, ainda, que uma droga nova, a Canovi, que é sintética, baseada no princípio da maconha, já está sendo comercializada no Sudeste e não demora a se espalhar pelo resto do País.
O vereador Ivan Moraes (PSOL) pediu um aparte e defendeu as questões relacionadas ao Uruguai. “No início da liberação, realmente houve um aumento da violência, pois o espaço do tráfico ilegal reduziu e passou a disputar um mercado menor. Depois, os números reduziram. Sugiro que o senhor conheça exemplos de descriminalização nos Estados Unidos, na Colômbia, Dinamarca, Suíça, Portugal”.
O vereador Felipe Alecrim (PSC) concordou com Luiz Eustáquio que “famílias inteiras são destruídas por causa das drogas e essa Casa Legislativa precisa ter posição firme sobre o uso de drogas”. Ele também reforçou a tese de que Poder Executivo municipal “precisa construir políticas públicas para mudar essa realidade, ajudando os equipamentos existentes que restauram a dignidade das pessoas, como as comunidades terapêuticas”.
A vereadora Ana Lúcia (Republicanos) disse que, mais importante do que debater dados estatísticos e técnicos no caso de uso de drogas, melhor seria falar de “políticas de trabalho para a juventude”. A vereadora também disse que convém, nessa discussão, não misturar os assuntos: defender a descriminalização do uso de drogas é diferente de defender o uso da canabis para o uso medicinal.
Contra a Marcha da Maconha - O vereador Luiz Eustáquio, ainda durante a reunião plenária desta segunda-feira, ocupou a tribuna outra vez para posicionar-se contrariamente à 15ª Marcha da Maconha, realizada no último sábado (17), em São Paulo, com o tema "Antiproibicionismo por uma questão de classe - Reparação por necessidade".
“Coloco a minha tristeza pelo movimento que fica cada vez maior daqueles que estão trabalhando para legalizar as drogas no nosso país. No último sábado teve uma grande imagem de São Paulo onde várias entidades da nossa sociedade participaram daquela Marcha. E na próxima quarta-feira, o Supremo Tribunal Federal (STF) retoma o julgamento que discute a descriminalização do porte de drogas para consumo pessoal. Já está três a zero e deixará de ser crime. Então, nós estamos num momento muito difícil onde muitas pessoas e entidades conhecidas e respeitadas estão se reunindo, infelizmente, em prol da liberação”.
O parlamentar enalteceu que o álcool é um outro tipo de droga e precisa ser combatido. “ A droga que mais mata é a bebida porque ela é livre. Ela se hospeda e tem pessoas que morrem por causa dela e a família sofre. Essa é a angústia que muitas pessoas passam”.
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Em 19.06.2023.