Rinaldo Junior critica condições dos novos contratos de trabalhadores terceirizados de Pernambuco

Na tarde desta terça-feira (20), o vereador Rinaldo Junior (PSB) dirigiu-se à tribuna da Câmara Municipal do Recife, durante a reunião plenária, para lamentar as condições dos novos contratos de trabalhadores terceirizados do Estado de Pernambuco. Segundo o parlamentar, “nas novas contratações, há um número menor de funcionários e eles estão responsáveis por uma área maior de trabalho”.

“Um trabalhador de limpeza é responsável pela área de 600 metros quadrados. As escolas estão maiores, com quadras, bibliotecas e demais ampliações. E o novo contrato, agora assinado, passou para 700 metros quadrados e com número menor de trabalhadores. Tem pessoas que estão responsáveis por 1.200 metros quadrados, gerando uma carga horária excessiva", explicou Rinaldo Junior.

O parlamentar enfatizou que não compreendia o direcionamento dos novos contratos estaduais e citou o número de demissões. “Por que tanta velocidade em diminuir o número de trabalhadores? Não tem nenhuma justificativa matemática e econômica que reduza o número de funcionários enquanto a área de trabalho só aumenta.  Relatos dizem que são 12 horas de carga horária, em alguns locais, e serão seis mil demitidos. Estou triste com a situação e tenho certeza de que a Casa de José Mariano não comunga com isso”.  

No aparte, a vereadora Aline Mariano (PP) citou que o que acontecia com os novos contratos do Estado seria um fato inédito e lamentou a gestão estadual.  “Isso é algo inédito no nosso Estado e sem critério nenhum. Não teve transição e muitas secretarias ficaram acéfalas. Essa é só uma pontinha do iceberg e daqui a alguns meses vão ouvir a governadora anunciar que é economia. Isso não é economia.Porque Estado nenhum funciona se não tiver recursos humanos”.

Cida Pedrosa (PCdoB) citou problemas que o governo estadual está enfrentando e que seis mil trabalhadores sofrerão com as demissões. “Infelizmente, a gente vê no nosso governo do Estado de Pernambuco, hoje, um total desrespeito em vários níveis. Nós temos problemas com a turma da educação e nós fomos surpreendidos, agora, com essa notícia da demissão de seis mil trabalhadores. São seis mil pessoas que ganham um salário mínimo e sustentam suas casas. Com essa medida vão ser seis mil famílias em dificuldade e o Estado tem que, inclusive, ter clareza da importância do seu papel social. Toda a nossa rejeição a mais esse ato arbitrário do governo do Estado de Pernambuco”.

Ronaldo Lopes (PSC) enalteceu que a governadora Raquel Lyra está há pouco tempo na condução do Estado e lamentou o governo do antecessor, Paulo Câmara. “A governadora Raquel Lyra tem poucos meses de mandato e é preciso reorganizar e cuidar com segurança e, principalmente, com responsabilidade". disse. "Toda mudança passa por um o tempo e o tempo, às vezes, é difícil de esperar e aguentar. Mas nós sabemos da competência e da dedicação que a governadora Raquel Lyra tem em poder melhorar o nosso Estado”.

Já Luiz Eustáquio (PSB) destacou a importância da responsabilidade do Estado em relação à população que ficaria prejudicada com as demissões. “Que a governadora Raquel Lyra repense porque tem que haver reponsabilidade no cuidar das pessoas. E principalmente aquelas que mais sofrem e têm necessidade, não têm nem pão para comer. E você não pode atacar, fazer caixa e dizer que teve economia num momento em que a gente sabe que o Estado vinha funcionando e vinha contribuindo com uma fatia grande de emprego. O governo existe por conta do povo e é para o povo”.

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Em 20.06.2023