Samuel Salazar fala sobre tramitação de projeto com piso do magistério

Tramita na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) o projeto com o piso salarial dos professores. O assunto foi tema do pronunciamento do vereador Samuel Salazar(MDB) durante a reunião Ordinária na Câmara do Recife, nesta terça-feira (20). O vereador foi à tribuna explicar a decisão de alguns deputados de impedir a votação da matéria.

Vi num blog que os deputados de oposição estariam prejudicando os professores. Fui procurar saber o que está acontecendo e acontece que a governadora mandou um projeto para a Assembleia querendo pagar o piso [do magistério], mas não tem proposta para o restante da carreira. Assim, quem já recebe o piso não terá nenhum incremento na carreira, mesmo prestando serviço há muitos anos. Não haverá progressão”, explicou. 

Em conversa com o presidente da Comissão de Educação da Assembleia, o deputado Waldemar Borges, Samuel Salazar foi informado que os deputados querem votar o projeto, desde que inclua outros benefícios, além do pagamento do piso. “O que os deputados fizeram não foi prejudicar a carreira dos professores, eles estão barrando a votação para que não haja apenas o pagamento do piso, mas uma progressão na carreira do magistério”. 

O vereador reforçou a necessidade de discutir pautas como esta junto com os sindicatos. “O plano de cargos e carreira tem que ser discutido, mas o que temos visto, infelizmente, é mais uma vez o governo do Estado sem dialogar com ninguém. Usa um discurso de que ninguém chega só em lugar nenhum, mas não dialoga, e propõe um projeto de lei dizendo ‘pague o piso e tchau o restante da carreira’, que vai achatar a carreira dos professores do Estado”, reclamou. “É uma situação que precisa ser esclarecida e estou usando essa tribuna como caixa de ressonância para fazer com que a verdade seja restabelecida”, afirmou.  

Plano de macrodrenagem -  Samuel Salazar ainda cobrou ao governo do Estado a entrega do Plano de Macrodrenagem. Segundo ele, a questão envolve todos os municípios da Região Metropolitana e não pode ser discutida ou cobrada apenas da Prefeitura do Recife. 

O prefeito do Recife correu atrás de um empréstimo do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) para fazer a dragagem dos rios, Tejipio, Moxotó e Jiquiá. Mas Recife faz fronteira com diversos municípios, e o que temos visto é a Prefeitura de Jaboatão jogando um canal que está alagando a comunidade da Borborema, localizada na divisa entre as duas cidades”, ponderou. 

Para o vereador, todo debate em torno do Plano de Macrodrenagem deve ser conduzido pelo governo do Estado. “Faço aqui esse registro de que essa cobrança deve ser feita ao governo do Estado e não à Prefeitura do Recife. O governo tem que encabeçar essa proposta e chamar todas as prefeituras da Região Metropolitana para discutir esse plano, porque não adianta Recife fazer a parte dela se as demais cidades não fizerem”.

Clique aqui e assista a matéria do TV Câmara do Recife.

Em 20.06.2023