Aline Mariano repudia estupro a criança em casa abrigo e critica programa de segurança anunciado por Raquel Lyra

O estupro a uma criança de 2 anos de idade, que estava com a sua mãe em uma casa abrigo na Região Metropolitana do Recife, foi tema de discurso da vereadora Aline Mariano (PP), durante a reunião plenária da Câmara Municipal desta terça-feira (1º). No retorno das atividades parlamentares, ela ressaltou que a finalidade da casa abrigo é “receber e acolher mulheres vítimas de violência doméstica", mas o que aconteceu foi exatamente o contrário. Ainda na reunião Ordinária, a parlamentar voltou à tribuna e criticou o programa anunciado pelo Governo de Pernambuco para conter a violência no Estado.

No primeiro momento, Aline Mariano contou que o estupro à criança ocorreu numa casa abrigo mantida pelo governo do Estado, mas não deu maiores detalhes sobre o ocorrido. Ela apenas criticou a falta de segurança dentro do local. Segundo ela, o caso ocorreu na quarta-feira da semana passada, dia 26. “O que me causou maior indignação e acredito que causou a todos essa revolta, é que essa violência aconteceu dentro de uma das quatro casas abrigo administradas pelo Governo de Pernambuco".

A parlamentar disse, ainda, que o Estado, que já não garante a segurança das mulheres, tem essa casa abrigo para que as mulheres sejam acolhidas, tenham segurança e acompanhamento lá dentro até que voltem seguras para os seus lares”, afirmou. Ela apontou que “não existe política de segurança que proteja as mulheres”, inclusive dentro das unidades de acolhimento. “Aonde vamos parar? Em quem vamos acreditar? Que inoperância é essa do Estado?”, questionou.

Juntos pela Segurança - A vereadora Aline Mariano retornou à tribuna, dessa vez no Grande Expediente, para repercutir o lançamento do programa para a área da segurança pública anunciado pela governadora Raquel Lyra. A política, dividida em diretrizes, eixos estratégicos e instrumentos, está orçada em R$ 1 bilhão. O anúncio foi feito no Teatro Guararapes, do Centro de Convenções, em Olinda. “Quem participou do evento, saiu de lá mais inseguro do que quando entrou. O programa anunciado só reafirmou o quão inseguro está este governo”, disse a vereadora.

Qualquer pessoa com senso crítico, afirmou Aline Mariano, entendeu que “a atual gestão apenas está lançando editais para abrir concursos para policiais militares, civis e bombeiros; e fazendo nomeações para 398 policiais penais. O resto foi subestimar a inteligência de quem esteve no Centro de Convenções”.

Aline Mariano sublinhou que a governadora “resolveu nomear apenas 398 policiais penais, mas que 300 já irão se aposentar até o ano que vem”. Além disso, a vereadora informou que “a Polícia Civil está sucateada, pois há 56 delegacias sem titular no Estado. E a governadora anunciou um edital para 45 vagas de delegado e concurso para 250 policiais civis. Na ponta da caneta não haverá um acréscimo nem de dois policiais por município. Finalmente, qual o plano para conter a violência agora?”

A parlamentar criticou, ainda, que depois de sete meses governando Pernambuco, a governadora anunciou também que, em 60 dias, “vai começar a escuta  para entender melhor o que a população deseja e o que precisa para a segurança”. Ela disse se o governo ainda vai abrir uma escuta para “descobrir o óbvio, é porque não tem planos na área de segurança para apresentar”. Aline disse também que “falar em editais para policiais e não apresentar planejamento em curto prazo, não mostrar metas, não mostrar pactos com força de segurança, é não mostrar governança”.

Em aparte, o vereador Samuel Salazar (MDB) reiterou o que Aline Mariano falou no discurso: “O anunciou do Programa Juntos pela Segurança gerou expectativa pelo clima de medo que a população pernambucana vive. Mas, 99% das pessoas que assistiram ao anúncio ficaram frustradas. O Governo do Estado está batendo cabeça. O programa não vai surtir efeito”.

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Em 01.08.2023.