Ana Lúcia convida para audiência sobre ampliação das delegacias de atendimento à mulher e detalha destino de instrumentos musicais da rede municipal

“Estamos recebendo demandas das vereadoras de diversos municípios onde não tem atendimento à mulher. Visitamos a nossa delegacia do Recife e, ao chegarmos naquele ambiente, percebemos que ele não tem as condições mínimas de atendimento a nós, mulheres. No dia em que eu estive lá, as mulheres estavam esperando por quase seis horas. Seis horas sentadas para poder ter o direito de fazer uma denúncia. Fora o tempo em que se espera chegar uma viatura da Polícia Militar, ela também tem prioridades, e essa mulher continua lá esperando”.

A vereadora ressaltou que os funcionários da Delegacia da Mulher trabalham muito, mas que necessitam de condições para que os trâmites dos processos fluam normalmente, além de melhorias estruturais na unidade de segurança. “Conversamos com a delegada titular e percebemos o trabalho árduo e os esforços das equipes que estão lá. A delegacia estava abarrotada de mulheres com filhos esperando para um atendimento. Como é que a gente discute política pública de enfrentamento à violência contra nós, mulheres, quando a delegacia especializada não consegue acolher essa mulher na hora em que ela decide romper o ciclo de violência? Ela precisa ser atendida com condições mínimas. A delegacia encontra-se em condições insalubres e com infiltrações. Uma sala com muitos processos acumulados de anos e que nunca chegarão nas varas judiciais. São três varas judiciais para uma delegacia especializada. Caótico”.

Instrumentos musicais- A vereadora Ana Lúcia retornou à tribuna durante o grande expediente da reunião Ordinária  para responder a críticas do vereador Alcides Cardoso (PSDB) sobre os instrumentos musicais comprados pela Prefeitura, na gestão passada, que estariam, segundo ele, "sem uso e abandonados". “Todas as vezes em que eu escuto, nessa tribuna, uma denúncia eu gosto de procurar os elementos palpáveis.  Fui Conselheira Municipal da Educação representando essa Casa, hoje estou vereadora, mas fui gestora escolar durante 20 anos e sou professora da rede municipal. Levei essa preocupação para o Conselho e eu quero aqui dizer que, hoje, a rede municipal de ensino tem 41 bandas formadas, o que implica em quase a totalidade de todas as escolas de anos finais da rede municipal, com um maestro contratado e com instrumentos novos”.

A parlamentar detalhou quantitativamente sobre o destino dos instrumentos musicais e confessou ter ficado muito feliz ao saber que as escolas de anos iniciais também receberão instrumentos.   “A Escola Municipal Professor José da Costa Porto que fica no Coque, por exemplo, recebeu 130 instrumentos e 130 estantes. 4920 instrumentos e 4920 estantes foram entregues para toda a rede. Ainda vão me perguntar se tem instrumento armazenado, eu já respondo que sim porque a gente precisa ter uma reserva para fazer as substituições. E além das escolas de anos finais, as de anos iniciais irão receber. Isso aqui é o chamado gol de placa”.

No aparte, Rinaldo Junior (PSB) lamentou que não era a primeira vez que Alcides Cardoso fazia denúncias sem sustentação, detalhou como foi feito o processo de entrega, e parabenizou Ana Lúcia por ter ido atrás da suposta denúncia e esclarecer sobre o destino dos instrumentos musicais. “ À época, eu subi à tribuna também para fazer a defesa, primeiramente, para distinguir o que era instrumento e o que era estante. Foi feita uma soma que parecia ser tudo instrumento. Depois eu disse que existia uma programação de entrega de todos os instrumentos. Ora, esses instrumentos foram comprados no final da gestão de Geraldo Julio. Geraldo Julio saiu do governo e entrou João Campos. Em dois anos e meio, todas essas bandas já foram formadas e o material novo foi entregue. Qual é o erro nisso? Gostaria de parabenizar Ana Lúcia que, como professora, fez o dever de casa, foi a fundo, pegou a notícia, estudou e investigou”.

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Em 29.08.2023