Ana Lúcia enaltece lançamento da I Olimpíada de Matemática da Rede Municipal de Ensino do Recife

A vereadora Ana Lúcia (Republicanos) fez questão de subir à tribuna da Câmara Municipal do Recife, durante a reunião plenária desta terça-feira (22) para enaltecer a I Olimpíada de Matemática (OMR) da Rede Municipal de Ensino da capital pernambucana. O evento de lançamento foi nesta segunda-feira (21), na Escola Municipal Karla Patrícia, localizada no bairro de Boa Viagem, com a presença do prefeito João Campos, da deputada federal Tábata Amaral e do secretário de Educação Fred Amancio. Segundo a Prefeitura, a competição contemplará estudantes dos anos finais do ensino fundamental (6º ao 9º), e os seis deles serão premiados com medalhas e uma viagem para Orlando, nos Estados Unidos, para conhecer a sede da Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço (NASA) e os parques da Disney. Além disso, dois professores e um gestor também estarão no grupo que fará a viagem internacional.

“A I Olimpíada de Matemática foi um fato extraordinário para nós, professores, que participamos junto com o prefeito João Campos, a deputada federal Tábata Amaral que participou da primeira Olimpíada Brasileira de Matemática para Escolas Públicas (OBMEP) aos 11 anos de idade, o secretário de Educação, Fred Amancio, além de toda a equipe de profissionais, gestores e a equipe pedagógica dos anos finais das escolas da rede municipal. Digo que foi extraordinário porque um estudante de escola pública tem um carimbo em sua vida de que ele não pode ter um tablet, notebook, nem ter a melhor escola, nem receber o melhor material. É assim que as pessoas costumam ver os nossos estudantes: como os que são relegados de políticas de ensino que valorizem e que deram oportunidade. Então, ontem, o prefeito João Campos lançou essa grande iniciativa para a cidade e para os alunos”.

A parlamentar pontuou que as Olimpíadas valorizam não só o conhecimento, como possibilitam ao estudante participar e se aprimorar em área científica. Ela recordou que a Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas foi criada por Eduardo Campos, que era ministro de Ciência e Tecnologia, no governo Lula, há 16 anos. “A Olimpíada Brasileira de Matemática trouxe para as escolas públicas e privadas uma competição que estimulou e desmistificou para muitos a matemática. Porque a gente já se assusta com o nome, principalmente para nós, meninas e mulheres, e tornou os estudantes da rede pública competidores no sentido do conhecimento. Não é competir por competir, mas competir vislumbrando a adquirir novos conhecimentos e também participar de um evento que é de cunho nacional. E ontem, o Recife deu um gol de placa quando lança a primeira Olimpíada de Matemática do Recife. Os competidores com deficiência ou com transtornos de qualquer tipo terão um tempo ampliado nessa Olimpíada. Os que ficarem como finalistas no primeiro, segundo e terceiro lugares, assim como os professores e o gestor, irão conhecer a Disney e a Nasa e os estudantes merecem essas oportunidades. Então, parabéns ao prefeito João Campos e eu tenho certeza de que outros municípios irão copiar esse excelente exemplo”.

Contemplados do Encanta Moça I e II – Ainda durante a reunião plenária desta terça-feira, a vereadora Ana Lúcia voltou a ocupar a tribuna da Câmara para participar do debate sobre a divulgação dos nomes beneficiários dos habitacionais Encanta Moça 1 e 2, no bairro do Pina. A lista dos novos moradores foi apresentada pela Prefeitura do Recife na última terça-feira (15) e tem sido questionada junto ao Ministério Público do Estado, que deve realizar audiência pública sobre o tema na próxima quinta-feira (24).

Em seu pronunciamento a respeito do tema, Ana Lúcia afirmou conhecer bem a região, por ter atuado por cerca de 20 anos como professora e gestora de uma unidade escolar localizada na área. De acordo com ela, os questionamentos já eram esperados devido ao alto déficit habitacional registrado naquele entorno. “É claro que a gente sabia que isso iria acontecer. As 600 moradias não vão suprir o déficit que existe no Bode, de mais de 1,2 mil famílias. Sabíamos que, quando a lista fosse divulgada, haveria muitos ajustes e famílias que não seriam contempladas. Se não fosse assim, não se justificaria a quantidade de palafitas que existem no Bode e naquelas áreas ribeirinhas”.

Segundo a parlamentar, antes de serem levantadas suspeitas é preciso ouvir os órgãos responsáveis pela escolha dos beneficiários sobre a forma como se deu o processo seletivo. Ela lembrou que a montagem da lista foi feita juntamente à Caixa Econômica Federal e exigiu a comprovação documental dos requisitos impostos pela instituição financeira e pela legislação. “A lista só foi divulgada depois que passou por todos esses trâmites. Se, diante desses trâmites, existem fraudes, é preciso acionar os órgãos competentes para investigar”.

Outro ponto salientado por Ana Lúcia foi a ordem estabelecida para os beneficiários, que estava sujeita a alterações sobre as condições dos próprios moradores da área. “A gente precisa destacar isso. Primeiro, os remanescentes [das remoções decorrentes da obra] da Via Mangue. Depois, os moradores de palafitas. E, depois, os que iriam ter que sair para a urbanização do Bode. E aí, é claro que, nesse interstício de tempo, surgem outras palafitas. Existe uma relação temporal nisso”.

Em aparte, a vereadora Aline Mariano (PP) frisou a necessidade de se construir moradias populares naquela região e lembrou que o papel do Poder Legislativo também é de fiscalizar o Executivo. “Nós também temos, como prerrogativa, a fiscalização. Qualquer denúncia que seja feita, ou qualquer vereador que queira usar a tribuna, ou a audiência pública, ou pedidos de informação, para averiguar situações como essas que foram colocadas aqui, são legítimos. Eu gostaria de, antes até do Ministério Público, fazer essa fiscalização. E sugerir que nós, vereadores, pudéssemos procurar a URB e os responsáveis pelo cadastro para que possamos entender e, quem sabe, se antecipar à denúncia que foi feita ao Ministério”.

Já o vereador Osmar Ricardo (PT) se mostrou preocupado com a possibilidade de fraudes no processo seletivo. “Entendo que a gente pode fazer um grupo para conversar, ir à URB. O Ministério Público está atento às denúncias. Na próxima quinta-feira vai ter audiência lá e eu vou”, adiantou. “É a gente ir para lá, reforçar, levar as pessoas que possam denunciar e que tenham provas. E averiguar. Se não tem nada, tranquilo”.

Clique aqui e aqui para assistir a matéria do TV Câmara do Recife.

Em 22.08.2023