Alcides Cardoso parabeniza Governo do Estado por ação que teria suspendido licitação no Bode

Na última quinta-feira (14), a Prefeitura do Recife anunciou a suspensão por tempo indefinido do processo licitatório do projeto de urbanização do Novo Rio Pina, operação que inclui a remoção de palafitas da Zeis Pina/Encanta Moça, na Zona Sul da capital. O assunto foi alvo de debate na Câmara Municipal nesta segunda-feira (18), durante a reunião plenária. Um dos parlamentares a abordarem o tema foi o vereador Alcides Cardoso (PSDB). De acordo com ele, a decisão foi tomada após o Governo do Estado ter acionado a Justiça por irregularidades na desapropriação do terreno.

Na tribuna da Casa, Cardoso parabenizou o Governo de Pernambuco e a governadora Raquel Lyra (PSDB) pela iniciativa. O parlamentar fez alusão às disputas sobre a titularidade de parte do terreno do projeto Novo Rio Pina, que pertenceria à estatal Pernambuco Participações e Investimentos S/A (Perpart).

“O Governo do Estado tomou providências, pois aquele terreno que a Prefeitura queria desapropriar é, exatamente, da Perpart. E não conseguiu. O Governo do Estado entrou com uma liminar, a liminar foi dada. E, automaticamente, a Prefeitura não podia fazer mais nada. Venho aqui parabenizar o Governo do Estado”, afirmou.

Alcides Cardoso também teceu críticas a valores que, segundo ele, teriam sido oferecidos pela Prefeitura aos ocupantes da área. “A Prefeitura chegou lá, na casa que valia R$ 100 mil, queria pagar R$ 15, R$ 20 [mil]. Na casa que valia R$ 200 [mil], queria pagar R$ 50 [mil]. Não é assim. O povo não pode ser tratado dessa forma”.

Em aparte, a vereadora Aline Mariano (PP) defendeu que a questão habitacional fosse tratada como prioridade, disse que iria dialogar com a população do local e refletiu sobre os impasses existentes entre as gestões municipal, liderada pelo prefeito João Campos (PSB), e estadual, governada por Lyra. Atualmente, os dois entes também disputam na Justiça a posse do imóvel onde a Prefeitura planeja inaugurar o Hospital do Idoso, na Zona Oeste do Recife.

“Hoje ainda vou fazer as conversas que eu sempre faço com os moradores daquela área. Eu espero que não se crie o mesmo imbróglio que tem se criado em outras áreas, como foi o caso do Hospital do Idoso”, disse. “O que eu tenho percebido é que a gestão [estadual] não tem feito o dever de casa no sentido de chamar para conversar, porque o objetivo está acima de qualquer imbróglio jurídico. A quem interessa retardar algo tão importante, que é a habitação popular?”

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Em 18.09.2023