Ana Lúcia destaca ações para Mercado da Encruzilhada após incêndio e repercute audiência

“Esta Casa em nenhum momento esteve longe desse debate. Estivemos presentes ontem, recebendo os permissionários, conversando. Retornaremos hoje, enquanto Comissão. Quero dizer que o mais importante é que nenhuma vida ontem se perdeu no mercado, mesmo com um incêndio de tamanha proporção”, disse a vereadora. “Nós, hoje, iremos continuar os trabalhos para ajudar os permissionários e a Prefeitura a ressarcir e, de imediato, iniciar a reforma do mercado para que ele seja devolvido à população”.

De acordo com Ana Lúcia, nesta segunda-feira o Mercado passa por uma limpeza e por uma apuração sobre as causas do incêndio. A parlamentar acrescentou que o seu mandato já colheu, junto aos permissionários, algumas de suas demandas. Dentre elas, estão a separação da rede elétrica, retirada imediata de produtos perecíveis, e instalação de um gerador de energia que atenda ao equipamento.

O pedido mais recorrente registrado, entretanto, foi o de melhoria na segurança e no policiamento ostensivo do Mercado. Há suspeitas de que o incêndio possa estar ligado ao furto da fiação local. “Não há acompanhamento de viaturas no entorno do mercado, muito menos para fazer a ronda, nem adentrar no mercado para dar o suporte de que os permissionários precisam”.

A Comissão  Especial apresentou o requerimento número 9.966/ 2023, que faz a indicação ao prefeito do Recife para que seja instituído um Auxílio Municipal Emergencial para os comerciantes atingidos pelo incêndio ocorrido no Mercado da Encruzilhada.

Audiência pública- Na tarde desta segunda-feira (4), na reunião plenária da Câmara Municipal do Recife, a vereadora Ana Lúcia (Republicanos) repercutiu audiência pública realizada no dia 29/08, de sua iniciativa, sobre a necessidade de criação de novas delegacias no atendimento à mulher. “O encontro transcorreu com debate republicano com a presença de delegados, autoridades e gostaria de dizer que esse assunto não pode se encerrar na audiência pública que nós fizemos”.

Ana Lúcia enfatizou que houve várias falas de grande valor para a temática e que a Delegacia do Recife necessita de ações emergenciais como melhorias físicas e estruturais.  “Várias comunidades e mulheres estiveram presentes, assim como associações e coletivos que fazem a luta para o acolhimento da mulher que decide romper esse ciclo tão perverso da violência. Estivemos na delegacia no Recife e percebemos filas com mulheres que estavam esperando em torno já de quatro a seis horas para um atendimento. Todos da equipe estavam trabalhando com afinco buscando dar qualidade no atendimento. E não pudemos deixar de observar que as condições técnicas são absurdamente insalubres. Mofo, rachaduras e inúmeros processos que sequer saíram para a justiça”.

No aparte, Aline Mariano (PP) lamentou as políticas públicas direcionadas à mulher conduzidas pelo governo estadual. “Lamento a ausência da Secretaria da Mulher de Pernambuco numa audiência tão importante. Um governo liderado por duas mulheres e nesses oito meses a Secretária da Mulher, Regina Célia, que sempre participou de forma exitosa dos projetos relacionados à política de gênero, foi exonerada. Além disso, a governadora demitiu todo o corpo técnico da Secretaria da Mulher, ou seja, mais de 14 servidores. A estrutura da delegacia é caótica e é humanamente impossível trabalhar de forma salubre numa unidade como aquela. Uma única unidade para atender o Recife. Todo vamos dar as mãos para que essas delegacias especializadas possam se expandir no Recife onde acontece o maior número de feminicídio”.

Ana Lúcia ressaltou que os dados de feminicídio em Pernambuco são alarmantes, citou datas de crimes e pontuou que o debate na Casa é essencial à sociedade. “A violência contra a mulher cresceu em Pernambuco em comparação ao ano passado. Entre junho de janeiro a junho de 2022, o Estado havia registrado 20.290 casos desse tipo, enquanto em 2023 já são 25.207. Eu penso que essa Casa precisa continuar debatendo e precisa continuar falando, sim, desse enfrentamento. Nós saímos com os encaminhamentos do Ministério Público no Núcleo de Apoio à Mulher para que o órgão fizesse uma audiência pública e chamasse os entes públicos que estiveram ausentes, uma vez que o nosso chamado não foi destaque e não teve importância para eles. Seguimos sem respostas aos requerimentos sobre a ampliação das delegacias, mas seguiremos, enquanto vereadora dessa Casa e vice- presidente da Comissão da Mulher, lutando e fazendo momentos em que a gente possa trazer as mulheres para falarem das suas gritas porque é assim que se constrói política pública”.   

Clique aqui e assista a matéria do TV Câmara do Recife sobre o Mercado da Encruzihada.

Clique aqui e assista a matéria do TV Câmara do Recife sobre Delegacias Especializadas da Mulher.

Em 04.09.2023