Ana Lúcia destaca Dia do Professor e fala da guerra de Israel contra os palestinos

Durante a reunião Ordinária da Câmara do Recife desta segunda-feira (16), a vereadora Ana Lúcia (Republicanos) destacou o Dia do Professor, celebrado anualmente em 15 de outubro e também tratou sobre outro tema, que foi a guerra no Oriente Médio, entre judeus e palestinos, iniciada este mês. Sobre o Dia do Professor, ela exaltou a importância da profissão para a formação da sociedade. “Eu tenho muito orgulho de ser professora. A educação é o pilar da sociedade e precisamos ser valorizados, porque nenhum profissional chegou aonde está sem ter passado pelas mãos de um professor ou professora”, disse.

O Dia do Professor é celebrado anualmente em 15 de outubro em referência a Dom Pedro I, que instituiu uma lei sobre o Ensino Elementar no mesmo dia, em 1827. A lei trata sobre o desenvolvimento da educação no Brasil e é considerada uma das principais medidas na educação. 

A vereadora Ana Lúcia informou ter começado a dar aula ainda jovem, aos 15 anos. “Foi quando eu percebi o quão importante é essa relação entre docente e discente”, lembrou. “Todos nós temos, na memória, um professor que marcou a nossa vida e, por isso, a importância desse profissional que está em sala de aula lidando com estudantes. Mesmo que a gente diga que a educação básica seja o pilar da sociedade, nunca é tarde para começar a estudar, você tendo zero ou 99 anos”, salientou. 

Segundo a parlamentar, as professoras e professores são as pessoas que inicialmente norteiam as visões dos alunos, apresentando-lhes informações sobre a sociedade. “Quando estamos em sala de aula, enfrentamos os maiores desafios da sociedade e acolhemos crianças e adultos com histórias diferentes inseridos em contextos, muitas vezes, cruéis. Somos nós quem plantamos a semente da criticidade e da construção da história de cada aluno que passa nas nossas mãos”, afirmou. 

Ana Lúcia destacou a importância de a categoria ser valorizada, sobretudo pelo Poder Público. “É preciso que ele [o Poder Público] tenha esse olhar para que a categoria seja valorizada. ‘Só desperta paixão para aprender quem tem paixão para ensinar’, como disse Madalena Freire, filha de Paulo Freire, o nosso pai da educação, pedagogo que quebrou barreiras e vislumbrou um mundo melhor através da alfabetização. Meus parabéns a todos os professores que bravamente persistem na carreira do magistério porque sabem da importante contribuição para uma sociedade digna, justa e de equidade social”.

Guerra - O segundo tema abordado pela vereadora Ana Lúcia, quando voltou à tribuna da Câmara do Recife, ocorreu no Grande Expediente. Dessa vez, ela falou sobre o conflito bélico entre o Estado de Israel e o povo palestino. “Não foi Israel quem começou a guerra. Israel apenas deu uma resposta imediata um ataque que foi feito covardemente a uma festa rave. Hoje, dizer que Israel está agindo com terrorismo porque está reagindo a um ataque bárbaro e cruel é o mesmo que dizer que o Hamas está correto”, afirmou.

Ana Lúcia lembrou a guerra começou há uma semana e meia “quando os terroristas do grupo Hamas iniciou o conflito atacando uma festa em Israel, na Faixa de Gaza, aniquilando de imediato 200 pessoas, além de ter deixado outros desaparecidos”. A parlamentar disse que durante o período de duração da guerra, tem visto “o movimento de muitos parlamentares, de pessoas públicas, flertando com o terrorismo. Eu fico chocada”.

Ela reconheceu que há um ponto positivo a se destacar nessa guerra, que foi “a ação imediata do Governo Brasileiro, do presidente Lula, que enviou aviões e repatriou todos os brasileiros que estavam em Israel, inclusive pernambucanos, que quiseram se retirar de lá, neste conflito cruel”. A vereadora disse ainda que o conflito entre palestinos e judeus é histórico e bíblico, mas que, em tempos de paz, “quando a gente vai a Israel não se vê guerra entre eles, embora os palestinos queiram o estado de Israel”.

A vereadora reconstituiu o processo histórico entre os povos palestinos e judeus e afirmou que as divergências começaram há milênios, numa disputa entre os filhos de Abraão. “O primeiro filho de Abraão se chamou Ismael, que era filho de Agar, a árabe. E o segundo filho era Isaque, o filho da promessa. Dali geraram duas nações de um só pai. Essa guerra começou ali. Depois da Segunda Guerra, quando a ONU restituiu o Estado de Israel, a partir daí o povo palestino passou a reivindicar o estado deles”.

A vereadora Cida Pedrosa (PCdoB) pediu aparte. “O PCdoB defende o direito do povo palestino nas suas terras, assim como defende que os povos da região possam viver em paz. Defende que tanto Israel tenha o seu estado preservado, quando o povo palestino também. O Hamas não representa o povo palestino. Mas não existem santos em estado de guerra. Existem perdas de parte a parte. Quando os palestinos jogam foguetes e bombas na Faixa de Gaza é terrorismo, assim como é terrorismo quando Israel impede o envio de água e de médicos para o povo palestino. O nome disso é terrorismo de estado”.

O vereador Rinaldo Junior (PSB) disse que há um “ponto em comum” entre o seu pensamento e o das duas vereadoras. “Nós entendemos que o Hamas é um grupo terrorista. E queremos a paz. Mas esta guerra não começou agora. Começou há 80 anos. É fruto e reflexo histórico. O povo palestino vem sofrendo há anos. O bom dessa história toda é que o presidente Lula tomou as rédeas da diplomacia mundial e resgatou o povo brasileiro que estava naquela região e agora discute na ONU o processo da paz”.

Clique aqui ou aqui e assista as matérias do TV Câmara do Recife.

Em 16.10.2023