Audiência pública aborda tema da defesa e da promoção da vida
“Estamos celebrando, aqui no Recife, a Semana pela Vida, uma lei de minha autoria, que desencadeou uma série de eventos, inclusive a audiência pública que realizamos aqui hoje. A partir daí, vamos construir uma série de proposições e requerimentos pedindo ao Poder Executivo a criação de políticas públicas que valorizem a vida, que combatam a legalização das drogas, a legalização do aborto, e favoreçam a vida em todas as suas dimensões”, disse o parlamentar na ocasião.
Felipe Alecrim defendeu a concepção do zigoto como marco inicial para a sua proteção e disse que, apesar de não possuir personalidade jurídica – isto é, não é sujeito de direitos ou obrigações – o nascituro possuiria “natureza humana, humanidade”.
Durante a audiência, o vereador não deixou de resgatar o contexto atual da discussão sobre o aborto de gestação no Brasil. “Recentemente, a então presidente do Supremo Tribunal Federal, a ministra Rosa Weber, decidiu liberar para julgamento a ação que pretende descriminalizar o aborto até a 12ª semana de gestação, a tão famosa ADPF 442”.
Além de Alecrim, compuseram a mesa de debate o padre e ativista Biu de Arruda, o médico Stevam Rios, o biólogo Êndel Alves, a fundadora do Grupo PE Pela Vida, Monique Soares, e o representante do Grupo Pró-Vida de Pernambuco, Victor Borba.
Aos participantes da audiência, Stevam Rios tratou do procedimento do aborto, posicionando-se de forma contrária à interrupção da gravidez. “Falar de vida é sempre muito importante, porque estamos falando de futuro: futuro de nossos filhos, de nossos parentes, futuro da população. A gente sabe que vir ao mundo é um ato divino e a gente tem que respeitar isso e entender que à vida, que se inicia na concepção, todos tiveram direito. Eu tive direito de vir, você teve direito de vir, por que aquele não teria? O que nós defendemos é isso: a vida humana como um direito inalienável”.
Também contrário ao aborto, Êndel Alves se colocou a favor da discussão sobre o tema. “A gente precisa ampliar as informações para que todo mundo possa ter acesso. Acho que ter acesso é a melhor coisa. Sempre a discordância ou a concordância podem vir como consequência. Mas a ampliação e o acesso à informação são o primeiro passo para a gente ter frutos de acolhimento, de políticas públicas e outros caminhos”.
Monique Soares explicou como se dá o trabalho de grupos que atuam para propagar as ideias do movimento e dissuadir quem pretende realizar um aborto de gestação. “Quando a gente conversa com uma gestante que tem vontade de tirar o próprio filho, a gente fica se perguntando por quê. O que a gente percebe é que a maioria não quer. A maioria não sabe o que é o aborto. O contato que tiveram é por questões ideológicas, que dizem que a mulher tem direito sobre o seu corpo e pode matar aquela criança, que é um aglomerado de células. E as mulheres acham isso. Tem muitas gestantes que, quando a gente conversava, achavam que estavam se antecipando à vida. Quando a gente chega com a realidade de que é vida, sim, a maioria desiste”.
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Em 05.10.2023