Aline Mariano repudia vereadora de Arcoverde por fala capacitista

A vereadora Aline Mariano (PP) subiu à tribuna da Câmara do Recife nesta terça-feira (7), durante a reunião Ordinária, para discutir um requerimento da vereadora Elaine Cristina (PSOL), que concede voto de repúdio à vereadora de Arcoverde, Zirleide Monteiro, pela fala preconceituosa e capacitista proferida durante uma reunião do parlamento daquela cidade. Ao criticar a fala da vereadora de Arcoverde, Aline Mariano ressaltou a importância da empatia, sobretudo quando se está em um cargo que representa o povo. “Não é porque não temos filhos com deficiência que devemos cruzar os braços e não lutar por aquelas que têm”, disse. O requerimento de número 12116/2023 foi aprovado no plenário da Casa de José Mariano.

A vereadora Aline Mariano mencionou que a Câmara do Recife evita dar voto de repúdio, mas frisou que “em casos como esse” todas as Casas Legislativas o devem fazer. “A fala capacitista e infeliz dessa vereadora infelizmente envergonhou o Estado de Pernambuco. Ao invés de uma vereadora estar usando a tribuna, as audiências públicas, a prerrogativa que tem para falar sobre políticas de igualdade, ela faz uso do seu pronunciamento para falar sobre pecado”, afirmou. 

A parlamentar pontuou a romantização da sociedade com as mães atípicas. “Eu não sou mãe de criança com deficiência, mas não poderia deixar esse tema passar em branco. Nos preocupa quando romantizam a dor que vossa excelência [vereadora Elaine Cristina] tem e que, muitas vezes, precisa recorrer a serviços públicos ineficazes ou políticas atrasadas que não dão garantias às pessoas com deficiência. Não podemos deixar de lhe dar as mãos e a muitas outras mães que têm filhos com deficiência, àquelas que choram todos os dias porque falta o básico, são mães solos, que vivenciam essa dor diariamente”. 

Aline Mariano disse que um dos objetivos dos parlamentares é diminuir a desigualdade social. “As diferenças na sociedade ainda são muito grandes. Com boas políticas públicas, bons projetos de lei que possam dar visibilidade, conseguimos mudar muita coisa, e essa é a nossa luta permanente. Eu sou da área social e, se nós só defendêssemos o que somos e o que está na nossa casa, não seríamos conscientes. A consciência vem do sentimento da empatia e da sensibilidade. Essa deveria ser a vocação de cada um”.

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Em 07.11.2023