Câmara do Recife homenageia funcionários dos teatros públicos

Além da parlamentar proponente e do vereador que presidiu, também compuseram a mesa de honra da reunião solene o gestor do Teatro Santa Isabel, Romildo Moreira; a funcionária do Teatro do Parque, Biianca Del Mar; e Patrícia Bandeira, representando a Fundação de Cultura da Cidade do Recife. A solenidade ocorreu no plenário da Casa, que ficou repleto de funcionários dos teatros e contou com a apresentação musical da cantora Lucinha Guerra acompanhada do violonista Percy Marques.

A vereadora Cida Pedrosa, durante o seu discurso,  afirmou que, também por ser artista, é uma frequentadora assídua dos teatros. “Confesso a vocês que, se dependesse de mim, iria toda semana ver uma peça, celebrar a cena artística que nasce e cresce na nossa cidade. Dentro do teatro gosto de observar o cuidado, a limpeza, os detalhes. O abrir e fechar das cortinas que levam a portais. Construir um espetáculo requer muito trabalho, precisa de gente que acredite no poder transformador da arte”. 

Ao falar sobre a importância dos trabalhadores que fazem parte da construção de um espetáculo, Cida Pedrosa mencionou as seis casas de espetáculos sob a gestão da Prefeitura do Recife: o Teatro Hermilo Borba Filho, Apolo, Luiz Mendonça, Barreto Júnior, Parque; e Santa Isabel. “Eu tenho certeza que não é tão fácil assim manter essas casas prontas para o acolhimento de artistas, técnicos e produtores culturais. Sem contar com a multidão de pessoas que vêm de todos os lugares, ávidos por emoção. Por isso que nós decidimos prestar essa homenagem aos gestores e à gestora, à equipe da Guarda Municipal, à equipe de serviços gerais, seguranças, porteiros, recepcionistas, jovens aprendizes, estagiários e estagiárias", afirmou.

De acordo com a parlamentar, o teatro é o destino de grande parte da população que busca  lazer, e que isso se deve pela qualidade dos serviços e das programações oferecidas. “Para funcionar em sua plenitude, esses espaços precisam de uma equipe com domínio técnico, acentuado compromisso e vontade de oferecer ao povo espaços de diálogo sobre a importância social da arte para nós. Neste quesito, o Recife conta com um grupo de altíssima qualidade e capacidade de trabalho. Vocês desempenham um papel fundamental na promoção da cultura e das artes, contribuindo para o enriquecimento da vida cultural da comunidade. Espero que vocês saiam daqui esperançosos. Trabalhar com arte deve ser motivo de orgulho”.

Emocionado durante o seu discurso, o gestor do Teatro de Santa Isabel, Romildo Moreira, falou da responsabilidade da condução dos teatros, espaços que “nos alimentam a alma” e fortalece o trabalho à serviço da arte e da cultura que se materializam nos palcos a partir da encenação, da dança, do circo, da ópera e da música. “A nossa labuta diária é normalmente expandida nos bastidores, por trás das rotundas, luzes, cenários, mas a vereadora Cida Pedrosa nos viu. A Câmara de Vereadores do Recife nos viu e aqui nos aplaude com esse gesto inusitado e verdadeiro”, destacou.

“Por isso, peço que a Casa de José Mariano permaneça vigilante e atuante em nossa defesa, considerando as especialidades de cada um de nós nas funções que desempenhamos com conhecimento, competência, desenvoltura, credibilidade e com a escolha profissional de uma vida dentro do teatro. Essa escolha normalmente nos dá olhares atravessados por pessoas insensíveis”, complementou Romildo Moreira.  

Por sua vez, a funcionária do Teatro do Parque, Biianca Del Mar, destacou a importância do trabalhador do teatro, que começa a labuta antes mesmo do terceiro toque ecoar e do silêncio da plateia silenciar. “Ao final do espetáculo, ouvimos o burburinho do público que dali segue comentando para casa ou jantar. Ainda resta muito trabalho. Precisamos fechar a casa, desmontar tudo pois, no outro dia tem tudo novamente, temos um novo espetáculo. Voltamos para casa com a sensação do dever cumprido, um trabalho muitas vezes invisível, longe dos aplausos, mas não menos gratificante”.

Ela pontuou que a união do trabalhador é o que completa o amor pelo trabalho feito no teatro. “O amor pelo o que fazemos é o que nos une. Trabalhamos pela diversão das pessoas, para que os outros possam contemplar a arte, o teatro, o cinema, a dança, a música, o circo. Acreditamos no que fazemos, muitas vezes longe daquele almoço do domingo em família, muitas vezes longe do aniversário dos entes queridos, que a gente não consegue porque está cumprindo com o nosso trabalho. Juntos, temos a certeza de que o nosso trabalho é extremamente essencial, porque a arte existe porque a vida não basta”. 

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Em 27.11.2023