Saúde Recife preocupa vereadora Ana Lúcia

O Saúde Recife, sistema de assistência à saúde dos servidores municipais, foi tema de dois pronunciamentos na reunião plenária da Câmara Municipal do Recife desta terça-feira (21). Após uma fala do vereador Osmar Ricardo (PT), a vereadora Ana Lúcia (Republicanos) subiu à tribuna para acrescentar informações ao tema trazido pelo colega.

O fato é que os servidores da Prefeitura do Recife, estão vivendo dias terríveis com relação à saúde. O Saúde Recife vem capenga das pernas não é de hoje. Sou servidora, me encaminho para 30 anos de serviço, e todos os dias recebo mensagem de um professor, de um servidor dizendo que não aguenta mais comunicar ao seu órgão responsável que não consegue atendimento médico”, iniciou Ana Lúcia.

Ela alertou sobre o aumento nos descredenciamentos de médicos e clínicas e sobre a dificuldade de acessar os serviços de saúde. “Hoje, para você conseguir um cardiologista, precisa de 30 a 60 dias, só se encontra no Hospital Guararapes, lá em Prazeres. Um servidor que more em qualquer outro município tem que se deslocar até Jaboatão. Se precisar de uma cirurgia, você aguarda dias, às vezes, meses para conseguir uma autorização. Nenhuma clínica de fisioterapia atende mais ao servidor. Neste momento não existe uma clínica credenciada no Saúde Recife. É preciso pagar o fisioterapeuta do próprio bolso”.

Ana Lúcia ainda lembrou que, em teoria, o número de pessoas atendidas está diminuindo, o que não justifica o déficit apontado pela Prefeitura. “Há mais de dez anos não se autoriza que um servidor entre no Saúde Recife. Então, se a gente não tem adesão, se à medida que os filhos vão ficando adultos são desligados, ainda tem a coparticipação, que também sai do bolso do servidor e é descontada no contracheque. Os descontos continuam e não são pequenos. Eu não compreendo porque a conta não fecha, a receita líquida não bate”. E deu uma sugestão. “Se for preciso, vamos abrir as contas vamos ver a receita líquida, o déficit e o porquê de tantos descredenciamentos”.

“O Sindicato dos professores (Simpere) e o Sindicato dos servidores (Sindsepre) têm exaustivamente buscado nas mesas de negociações uma saída para o Saúde Recife, e a gente não consegue entender se essa saída está apenas no aumento da alíquota. É preciso que a Prefeitura do Recife faça uma força tarefa junto ao Saúde Recife e aos sindicatos que representam todas as categorias, para buscar urgente um encaminhamento”, alertou Ana Lúcia.

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Em 21.11.2023