Alcides Cardoso tece críticas a posto de saúde e festa da virada do ano

“Eu estive pessoalmente no Posto de Saúde da Família Irmã Denise, no Alto Zé do Pinho, porque fui chamado por pessoas que trabalham no posto e que usam a unidade de saúde. Lá, eu vi que faltam medicamentos como o óleo de girassol. O óleo de girassol é importante para pessoas que se locomovem por cadeira de rodas e também aquelas que são acamadas porque evitam as escaras. Fiz uma filmagem e cheguei a mostrar aqui o posto com muitos problemas”.

A festa de virada do ano foi outro ponto levantado por Alcides Cardoso. Ele disse que não concorda como a forma do réveillon 2024 será conduzida. Segundo a Prefeitura, foi realizada uma parceria inédita com a iniciativa privada para a realização das festividades que começarão a partir do dia 29 de dezembro. “ Como é que vai se gastar R$ 3 milhões de reais de fogos no réveillon e deixar uma parte da praia privada?  Ou seja, você vai chegar lá para ouvir e não vai conseguir chegar próximo. Existem prioridades nos gastos públicos e é um absurdo gastar R$ 3 milhões de reais em fogos”.

O líder do governo, vereador Samuel Salazar (MDB) salientou que desde o mês de outubro estão sendo realizadas obras nas unidades de saúde e ressaltou que o evento do réveillon não terá custos para os cofres municipais. “Em outubro já deu início a uma série de reformas e requalificação em diversos postos de saúde da nossa cidade. Esse assunto do posto de saúde do Alto Zé do Pinho já foi trazido a essa tribuna e nós já falamos sobre isso. Na segunda quinzena de dezembro já irá começar essa requalificação. São mais de R$ 400 milhões de reais investidos, só na saúde, em requalificação e ampliação de postos. A cidade, hoje, é um verdadeiro canteiro de obras. O senhor (Alcides Cardoso) está criticando o réveillon que será feito na nossa cidade. Não haverá despesa de dinheiro público porque a Prefeitura fez uma parceria com empresa privada que é quem vai custear o réveillon. Vai atrair turismo, movimentar a nossa economia, dinamizar os aplicativos de transporte, taxistas, restaurantes, os hotéis vão encher, e você está colocando ‘gosto ruim’ onde não deve. Discordo completamente desse posicionamento”.

Felipe Alecrim (PSC) disse que o propósito da oposição era o de olhar as necessidades das pessoas e cobrar providências do poder Executivo. “E precisamos correr atrás e assistir as pessoas, especialmente as que vivem em situação de vulnerabilidade. A gente coloca ‘gosto ruim’ quando se gasta R$ 3 milhões de reais de fogos, na falta de acesso à saúde básica ou quando as crianças não têm acesso à creche próximo. São recursos que deveriam estar servindo melhor a população. O mais importante é olhar, construir e restabelecer a dignidade dessas pessoas que muitas vezes não têm onde morar, nem têm o que comer. O essencial é cuidar da vida deles e promover ações que transformem suas vidas”.

Ronaldo Lopes (PSC) salientou que não fazia oposição por briga, que buscava indicar prioridades ao povo do Recife e fez uma sugestão à Prefeitura. “São mais de R$ 80 milhões de reais em propaganda, R$ 3 milhões em fogos e R$4 milhões para uma empresa que vai cuidar do carnaval. Ou seja, são quase R$ 90 milhões de reais que poderiam ser investidos em contenções de encostas que trariam segurança e estabilidade para uma população que vive num morro.  Eu gostaria de fazer essa indicação ao líder do governo para que possa levar esse pedido à Prefeitura do Recife no sentido de priorizar esses quase R$ 90 milhões de reais e aplicá-los onde está precisando”.

Clique aqui e assista a matéria do TV Câmara do Recife.

Em 12.12.2023