Audiência debate o desabastecimento de água nas áreas periféricas do Recife

O desabastecimento de água nas áreas periféricas do Recife foi o tema da audiência pública promovida pelo vereador Marco Aurélio Filho (PRTB), nesta segunda-feira (11), no plenarinho. “O propósito é de reunir representantes do poder público, órgãos reguladores, especialistas em gestão hídrica e, principalmente, os moradores das áreas impactadas”, justificou o parlamentar.

Marco Aurélio Filho ressaltou que, ao proporcionar um espaço para o diálogo aberto e transparente na Câmara Municipal do Recife, busca-se identificar as causas subjacentes aos problemas enfrentados pelas comunidades periféricas. “E, dessa forma, as medidas eficazes que possam ser implementadas para assegurar um fornecimento estável e igualitário de água para todas as regiões da cidade. Temos observado recorrentes problemas no fornecimento nas áreas periféricas de nossa cidade, afetando diretamente a vida de milhares de munícipes”.

Watas Antônio da Silva, coordenador do Fórum Prezeis, disse que o Prezeis está presente em 53% do Recife e sabe da problemática do abastecimento d’água. “Mais do que ninguém, temos a vivência das comunidades e sabemos que a água é um bem universal e muitos têm problemas com o abastecimento. A gente poderia fazer um debate com a Compesa, com o setor social, no sentido de realizar um mutirão nos locais mais afetados”.

João Paulo, coordenador de Saneamento da Arpe (Agência de Regulação de Pernambuco), disse que a agência tem o poder de regular e fazer com que as demandas dos usuários cheguem até a concessionária. E buscar o cumprimento das metas. "A Coordenadoria de Saneamento tem um viés de ser o suporte da agência, fiscalizando e buscando cumprir a realização das metas. Nós temos um foco operacional quando as demandas chegam até a agência, por meio da Ouvidoria. Então, é importante ouvir de vocês as reclamações e as necessidades para que possamos cumprir o nosso papel”.

Nyadja Menezes Rodrigues, diretora regional Metropolitana da Compesa, destacou a importância de ouvir as comunidades, citou a questão dos morros na cidade e anunciou futuras mudanças nos contratos em 2024. “O morro é uma característica muito específica no Brasil. Temos dificuldades na engenharia em levar essa prestação de serviço. Só quem está com a nossas equipes sabe como é fazer uma obra no meio do morro onde a equipe ou o carro não chega. Nós temos planejamento e projetos para todas essas áreas. Começaremos em breve uma grande operação que vai ser importante para a mudança da prestação de serviços em toda a Região Metropolitana. Vamos mostrar os mutirões com as ações e com novas empresas diferenciadas. O resultado vai ser visto por vocês com uma evolução na nossa prestação de serviço”.

Roberta Brito, ouvidora da Arpe, disse ser alto o número de reclamações à Compesa. “Participamos, recentemente, do Ouvir para Mudar, um programa do Governo de Pernambuco, e a governadora, Raquel Lyra, passou por todo o estado ouvindo todos os problemas da sociedade para montar o plano plurianual. Foi um lugar que a gente ouviu também muito problema em relação ao desabastecimento de água por todo o agreste, e outas cidades do interior, e a gente está aqui para ouvir vocês”.

O vereador Doduel Varela disse que a Compesa minimizou os problemas na Comunidade da Horta, localizada na Zona Oeste do Recife. “Haverá uma grande obra levando a tubulação da Abdias de Carvalho até a Comunidade da Horta. Não resolveu todo o problema, mas minimizou, com dia sim, dia não”.

Como encaminhamentos, Marco Aurélio Filho citou: criação da Comissão Hídrica e de Saneamento da Câmara Municipal do Recife para acompanhar as ações da Compesa; reunião na Ouvidoria da Arpe e Procon; e procedimento de acompanhamento de protocolos das solicitações das comunidades.

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Em 11.12.2023