Câmara do Recife celebra Dia Municipal da Solidariedade

Com a mobilização de boas ações voluntárias em prol de pessoas em situação de vulnerabilidade social e animais abandonados, o Dia Municipal da Solidariedade foi celebrado na manhã desta quarta-feira (20), por iniciativa do vereador Almir Fernando (PCdoB), na Câmara do Recife. A comemoração da data foi instituída a partir da lei de número 19.008/2022, também de autoria do parlamentar, que estabelece 20 de dezembro como o Dia Municipal da Solidariedade. "Este mandato é carregado de bandeiras por uma sociedade mais justa, igualitária e baseada no respeito como princípio do amor. Desejo a todos um feliz e abençoado Natal e, com todas as bênçãos de Deus, vamos ensinar à sociedade, em 2024, como é bom fazer o bem, como é maravilhoso transformar vidas. Viva o Dia Municipal da Solidariedade", exaltou Almir Fernando.

Na reunião solene presidida pela vereadora Ana Lúcia (Republicanos), também fizeram parte da mesa de honra da solenidade a gerente de Educação, Assistência Social e Captação Social de Recursos da Santa Casa de Misericórdia de Pernambuco, Marceline Cavalcanti; a presidente do Grupo de Apoio à Criança com Câncer em Pernambuco (GAC/PE), Vera Morais; e o coordenador e voluntário do Comitê da Ação da Cidadania em Pernambuco, o jornalista Anselmo Monteiro. Na cerimônia, 15 instituições foram agraciadas com certificados de homenagem.

A solenidade foi aberta com o Hino Nacional brasileiro executado por Annamélia Reis e por Roberto Dutra, no violino e no teclado, respectivamente. O coral de crianças da Santa Casa de Misericórdia, sob a regência do maestro Gilvan Lucas, fez uma apresentação cultural, assim como o saxofonista Israel Inácio de Oliveira, do Projeto Missão Educar, que fez uma apresentação musical. Um vídeo institucional sobre a Santa Casa de Misericórdia também foi exibido durante a solenidade. 

Na tribuna, Almir Fernando lembrou que, no ano passado, a homenagem aos 29 anos do Comitê da Ação da Cidadania, também realizada por ele, foi marcada por histórias, emoções e comprometimento social. Segundo o vereador, aquela data marcou a criação de um projeto de lei para homenagear instituições e pessoas que fazem o bem no Recife. "A solidariedade é um sentimento puro e comprometido em ajudar, transformar vidas e oferecer oportunidades. Ela é um gesto de amor, respeito e, principalmente, de mudança. A solidariedade salva famílias, alimenta a esperança de uma educação melhor, exemplificada por instituições como o Instituto de Música Dom da Paz, o Projeto Tacaruna Social e o projeto Missão Educar. Ela leva saúde aos menos favorecidos, como faz a Santa Casa de Misericórdia, o CEVAC [Centro de Valorização da Criança] e o GAC", afirmou. 

De acordo com o parlamentar, o Comitê da Ação da Cidadania e o projeto Sopa Amiga da Ceasa auxiliam no dia a dia da população em vulnerabilidade com a responsabilidade social. "O respeito por quem tentou, lutou e luta pela família é evidente nas instituições como o Recanto da Boa Idade, o Oratório da Divina Providência, a Associação dos Moradores do Alto José Bonifácio e a ONG Ser Coletivo". Ele destacou, ainda, a luta pelos animais, especialmente os que são abandonados, e que o SOS Pet dá o suporte para que eles tenham uma melhor qualidade de vida. "Unamo-nos mais, encontremo-nos mais, troquemos ideias e busquemos melhorar a qualidade de vida de nosso povo, de nossos animais e de nossa natureza que clama por vida". 

Por sua vez, o coordenador e voluntário do Comitê de Ação da Cidadania em Pernambuco, Anselmo Monteiro, contou a história de quando, em 1994, o sociólogo Herbert de Souza veio ao Recife lançar a organização Ação da Cidadania e procurou o arcebispo de Olinda e Recife à época, Dom Hélder Câmara, para "pedir licença" para o lançamento. Segundo Anselmo Monteiro, a vida dele e da sua família mudou desde então. "A solidariedade que nos une hoje pela iniciativa do vereador Almir Fernando, se celebra a cada 20 de dezembro no Dia Municipal da Solidariedade. Ela há de se espalhar com muita brevidade e urgência em todo o Brasil, por uma coisa muito simples: a solidariedade hoje é a diferença entre o viver e morrer do planeta Terra", disse. 

O jornalista destacou que a solidariedade não pode ter fronteiras. "Se hoje todos nós sabemos do valor do Natal, desse Cristo absoluto que trouxe outra revolução para o planeta ao nascer, reconhecemos, a partir do que disse Dom Hélder, que a solidariedade não pode ter fronteiras de caráter religioso ou cristão, e que o ecumenismo verdadeiro tem que incluir todas as matrizes de fé do planeta. A solidariedade tem que ultrapassar a velocidade do crescimento da tecnologia, daqueles que querem o egoísmo. Precisamos que esse dia se multiplique e com cada vez mais instituições. Que sejamos próximos um do outro, desde os animais até as nossas crianças, os velhinhos e toda a sociedade, que precisa esquecer as divisões e falar em uma única linguagem, a do amor".

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Em 20.12.2023