Saúde Recife é tema de audiência pública
Criado por meio da Lei Municipal nº 17.082, de 14 de janeiro de 2005, o Saúde Recife tem como missão prestar serviços de assistência médica em geral para os seus usuários. Atualmente, atende 18.858 mil beneficiários, por meio de convênios com diversos prestadores de serviços de saúde.
“É preciso cuidar da saúde do trabalhador. Não vamos parar de dialogar e conversar sobre o Saúde Recife. Lamento a ausência do Ministério Público do Estado de Pernambuco (MPPE), inclusive eu já marquei uma nova audiência com o órgão e esperamos que a Prefeitura crie alternativas de recursos. Irei, também, elaborar um Pedido de Informações sobre os gastos detalhados do Saúde Recife”, disse o vereador Osmar Ricardo.
O representante da Associação dos Trabalhadores(as) da Assistência Social (ATAS), Wagner Valença, ressaltou que o Saúde Recife é essencial para a vida dos servidores e servidoras. Ele lamentou a demora nas respostas das solicitações de cirurgias e pediu diálogo com a gestão municipal. “Estamos aqui pelo direito à vida, passamos por um processo de pandemia, mas que nem isso parece sensibilizar sobre a questão da saúde do trabalhador. Uma solicitação para uma cirurgia de hérnia de disco, por exemplo, foi pedida em julho e o Saúde Recife não reconhece determinados procedimentos dos prestadores. A arrecadação tem bons resultados, temos um governo federal solícito com a cidade e o Brasil, um diálogo aberto e o servidor é a mola propulsora da Prefeitura. Não temos ainda um hospital e possuímos uma das receitas melhores do país. O que a gente frisa é que a gestão municipal abra um diálogo conosco”.
O presidente da Associação dos Técnicos Fiscais de Controle Urbano do Recife, Jefferson Fernandes, disse que o problema do Saúde Recife é antigo. Ele também fez uma sugestão à Prefeitura do Recife. “O Saúde Recife não é uma prerrogativa do gestor de plantão, é uma prerrogativa da lei que foi criada para que o gestor municipal possa administrar de forma correta todos os recursos que são repassados para o Saúde Recife. Então, é preciso a gente fazer esse registro aqui e fazer uma cobrança ao prefeito João Campos (PSB) para que ele traga aos servidores uma proposta viável e de continuidade”.
Já a representante do Sindicato dos Servidores Municipais do Recife (SINDSEPRE), Lúcia Miranda, fez uma análise das faixas etária e salarial dos servidores e explanou as dificuldades enfrentadas pelos usuários. “O plano de saúde mostrou o número de servidores que são atendidos e explicou quais são as vidas assistidas: em sua maioria, são pessoas com 44 anos de idade e que recebem, infelizmente, um salário mínimo ou um salário mínimo e meio. Por conta disso, nós não temos um desconto elevado. A assistência prestada à saúde do servidor não é digna. Temos reclamações diárias de falta de assistência, de volta ao médico e, nos últimos meses, o mais agravante: o servidor está indo ao Sindicato dizendo que não foi atendido na emergência de hospital. Estamos aqui, mais uma vez, para debater e precisamos de melhorias para o Saúde Recife. Fizemos três assembleias, reuniões com o Conselho Deliberativo e sempre dizemos que a saúde é essencial. Parabéns, Osmar Ricardo, pela iniciativa dessa audiência pública”.
Clique aqui e assista a matéria do TV Câmara do Recife.
Em 20.12.2023